A prostatite é uma inflamação da próstata que pode afetar homens de diferentes idades. Estima-se que até 9% dos homens apresentem o problema ao longo da vida, com impacto significativo na saúde e na qualidade de vida.
Tipos de prostatite:
Segundo o National Institutes of Health (NIH), a prostatite pode ser classificada em quatro tipos principais:
• Prostatite bacteriana aguda: geralmente causada por bactérias como Escherichia coli e Klebsiella. Os sintomas incluem febre, calafrios, dor ao urinar, urgência urinária e dor pélvica intensa. É uma emergência médica que requer tratamento imediato.
• Prostatite bacteriana crônica: caracterizada por infecções recorrentes. Os sintomas são semelhantes aos da forma aguda, mas mais leves e persistentes. Exige acompanhamento e, muitas vezes, uso prolongado de antibióticos.
• Prostatite crônica/síndrome da dor pélvica crônica: é a forma mais comum, representando até 90% dos casos. Causa dor pélvica, desconforto ao urinar e pode afetar a função sexual. O tratamento envolve abordagem multidisciplinar, incluindo fisioterapia pélvica, medicamentos e mudanças no estilo de vida.
• Prostatite inflamatória assintomática: detectada em exames laboratoriais, geralmente não causa sintomas e, na maioria das vezes, não necessita de tratamento.
Sintomas mais comuns:
Os sinais variam conforme o tipo, mas incluem dor ao urinar, aumento da frequência urinária, urgência para urinar, dor pélvica ou lombar, dor ao ejacular, febre e calafrios.
Mesmo sem sintomas graves, é essencial procurar avaliação médica para diagnóstico correto e início do tratamento.
Por que o diagnóstico é importante?
A prostatite pode ser confundida com outras doenças urológicas, como a hiperplasia prostática benigna (HPB), o câncer de próstata e a cistite intersticial. O diagnóstico precoce garante tratamento adequado e evita complicações. O urologista é o especialista indicado para conduzir essa avaliação.
Tratamento
O tratamento depende do tipo de prostatite. Nas formas bacterianas, são indicados antibióticos e, em alguns casos, internação hospitalar. Já a síndrome da dor pélvica crônica requer abordagem combinada, com medicamentos, fisioterapia pélvica e medidas de autocuidado. A adesão ao tratamento e o acompanhamento médico regular são fundamentais para prevenir recorrências e melhorar a qualidade de vida.
Conclusão
A prostatite é uma condição comum, mas muitas vezes subdiagnosticada. Reconhecer os sinais e buscar atendimento especializado é essencial para reduzir o impacto da doença na saúde masculina.
Informação de qualidade e acompanhamento médico são aliados para garantir diagnóstico e tratamento adequados.
Referências
- NIH – Prostatitis overview: https://www.niddk.nih.gov/health-information/urologic-diseases/prostatitis
- Ministério da Saúde – Saúde do homem: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/saude-do-homem
- Sociedade Brasileira de Urologia – Prostatite: https://portaldaurologia.org.br/publico/prostatite/