A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dores difusas pelo corpo, geralmente acompanhadas de cansaço intenso, alterações do sono, dificuldades de concentração e, em alguns casos, ansiedade e depressão.
Não existe um exame específico que confirme a doença: o diagnóstico é clínico, feito pelo médico a partir da história e do exame físico. Isso pode gerar insegurança em quem recebe o diagnóstico, mas é importante reforçar: a fibromialgia é real, tem nome e merece cuidado.
Estratégias que fazem diferença
O tratamento deve ser individualizado e multidisciplinar, combinando medidas não medicamentosas e, quando necessário, uso de fármacos. Entre as estratégias com melhor evidência estão:
- Atividade física leve a moderada: caminhadas, alongamentos, hidroginástica.
- Sono de qualidade: manter uma rotina regular de descanso.
- Alimentação equilibrada: não há dieta específica comprovada, mas hábitos saudáveis ajudam no bem-estar geral.
- Apoio psicológico: acompanhamento pode melhorar enfrentamento e reduzir impacto emocional.
- Medicamentos: em casos selecionados, podem ser usados antidepressivos moduladores de dor, anticonvulsivantes ou relaxantes musculares, sempre com prescrição médica.
Direitos de quem tem fibromialgia no Brasil
Além do cuidado em saúde, existem conquistas legais que ampliam a proteção e inclusão social:
- CID-10 (M79.7): reconhecimento oficial que permite emissão de laudos médicos para afastamentos e adaptações no trabalho.
- Leis estaduais e municipais: algumas localidades já garantem atendimento preferencial em repartições públicas.
- Isenção de IPI na compra de veículos (Lei 15.176/2025): sancionada em julho, com início previsto para janeiro de 2026. O benefício será concedido mediante avaliação multiprofissional, facilitando a mobilidade e ampliando a independência de pessoas com fibromialgia.
Conclusão
Conviver com fibromialgia é desafiador, mas não significa abrir mão da qualidade de vida. Com acompanhamento médico, apoio psicológico e mudanças no estilo de vida, é possível reduzir os sintomas e recuperar autonomia.
Falar sobre fibromialgia é falar sobre acolhimento e empatia. Se você ou alguém próximo apresenta sintomas como dor difusa, fadiga persistente e dificuldades no dia a dia, não ignore: procure avaliação médica.
No INKI, acreditamos que cada paciente é único e merece ser ouvido com atenção. Estamos à disposição para oferecer informação, cuidado e experiência — sempre com carinho e respeito a quem vive essa jornada.
Referências:
- Sociedade Brasileira de Reumatologia – Fibromialgia
- Senado Federal – Projeto reconhece fibromialgia como deficiência
- Diário Executivo – Lei reconhece fibromialgia como deficiência